História contada pela Larissa Ribeiro
Era uma vez uma pequena pastora de ovelhas que tinha extremo cuidado com o seu rebanho. Entre suas ovelhinhas, havia uma que era motivo para ela de muita preocupação. Essa ovelhinha era Maria, e onde as outras ovelhas iam, Maria ia também.
Se as ovelhas iam para baixo. Maria ia para baixo. Se as ovelhas iam para cima. Maria ia para cima também.
Maria estava sempre atrás das outras.
Um dia, todas as ovelhas resolveram ir para o Pólo Sul. Maria, claro, foi também. Aiiii, que lugar friiio!!! As ovelhas pegaram uma gripe daquelas! Maria pegou gripe também. Atchim!
Maria ia sempre com as outras.
Depois de algum tempo, todas as ovelhas resolveram ir para o deserto. E adivinhem só? Maria foi também. Aiiii, que lugar quente!!! As ovelhas tiveram uma terrível insolação. E Maria teve insolação também.
Maria estava sempre atrás das outras.
Quando foi o dia do cinema, as ovelhas decidiram que iriam assistir um filme de terror. Maria morria de medo! Mas como todas estavam assistindo, Maria assistiu também. A noite foi aquele sufoco! Maria não conseguia dormir de jeito nenhum!
Maria ia sempre com as outras.
Certo dia, todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria DETESTAVA jiló. Mas, como todas as ovelhas comiam jiló, Maria comia também. Que HORROR!!!
Foi quando, de repente, Maria pensou:
– Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho que comer salada de jiló?
Maria ficou pensando… deu um suspiro, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
Até que as ovelhas resolveram pular lá do alto do Corcovado para dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam. Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé!
Pulava outra ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé, chorava: mé!
E assim, quarenta e duas ovelhas pularam, todas elas quebraram o pé, e choraram: mé, mé!
Chegou a vez de Maria pular. Ela olhou para baixo e viu todas aquelas ovelhas machucadas e pensou… pensou… e pensou… Então, ela deu uma requebrada, deu meia volta, entrou num restaurante e comeu feijoada!
Maria se deu conta, de que não precisava fazer tudo o que as outras faziam. Agora, mé, Maria vai para onde caminha o seu pé!
Mensagem
Essa história nos trás a questão da identidade. Que fazer o que os outros ou o que a maioria faz, nem sempre é bom.
Que devemos buscar nossa própria identidade e pensar por nós mesmos.